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Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com |
Assistir ao gol e melhores momentos da partida abaixo:
Assim como já havia sido contra o Tigre, semana passada, a equipe
apostou na determinação de seus jogadores e na força da torcida - que quebrou recorde de público da Libertadores nesta quinta
- para, após atravessar um dos piores momentos de sua história (o
rebaixamento à Série B do Brasileirão no ano passado), voltar ao
mata-mata da principal competição de clubes da América.
Por uma noite, o trecho do hino “defesa que ninguém passa, linha
atacante de raça” fez todo o sentido. O gol saiu dos pés de Charles, num
lance casual - Wesley, que seria expulso minutos depois, errou o chute,
e a bola caiu nos pés do volante, que decidiu. O sistema defensivo,
tantas vezes criticado, teve atuação sólida diante de um adversário perigoso.
Com a vitória, o Palmeiras chegou a nove pontos - todos conquistados em
casa -, assumiu a liderança do Grupo 2 e não pode mais deixar a zona de
classificação. Os paraguaios, com oito, agora disputam a segunda vaga
com o Tigre-ARG, que tem seis. O Sporting Cristal, com o triunfo
alviverde, está eliminado - é lanterna da chave com cinco pontos.
A última partida do Verdão pela primeira fase será na próxima
quinta-feira, contra o Sporting Cristal, em Lima. A missão do time de
Gilson Kleina é assegurar o primeiro lugar da chave para decidir em casa
uma vaga nas quartas. A equipe do Palestra Itália pode terminar como
líder até perdendo, desde que o Tigre vença o Libertad no Paraguai. Para
não precisar fazer contas, o Verdão tem de vencer.
O Palmeiras volta a campo no próximo domingo, novamente no Pacaembu,
para enfrentar o Guarani, às 16h (de Brasília), pela penúltima rodada do
Campeonato Paulista. A equipe verde já está assegurada nas quartas de
final do estadual.
Apoio na arquibancada, tensão no gramado
Já se passaram quase cinco meses desde o rebaixamento do Palmeiras à
Segunda Divisão do Campeonato Brasileiro. Daquele fatídico 18 de
novembro até hoje, muita coisa mudou no clube. A relação entre time e
torcida é uma delas - sobretudo na Taça Libertadores. Nesta
quinta-feira, os alviverdes fizeram sua parte: lotaram o Pacaembu e
apoiaram o tempo todo.
O coro, no entanto, não contagiou o time. Diante de um organizado
Libertad, pelo qual o Verdão foi dominado em Assunção, no dia 28 de
fevereiro, a equipe comandada por Gilson Kleina apostou nos mesmos
elementos nos quais havia se apoiado para vencer o Tigre, terça-feira
retrasada, também no Pacaembu: raça e determinação. Faltou, porém,
qualidade técnica ou pelo menos um atacante que segurasse mais a bola à
frente.
Descoordenado, o Palmeiras não teve um padrão tático definido. No setor
ofensivo, Vinícius era o único que permanecia em posição fixa, mas
muito isolado. Wesley, Juninho e Souza se alternavam nos avanços para
apoiar o ataque, sem sucesso. À vontade, o time paraguaio não sentia a
pressão por jogar fora de casa: comandado pelo volante Guiñazu,
ex-Internacional, parava o Verdão marcando forte e abusando das faltas
no meio-campo.
Poucos lances da primeira etapa de jogo animaram de fato os
palmeirenses. Cobranças de falta de Ayrton e Souza – que pararam na
barreira do Libertad – e um único cruzamento de Souza para o zagueiro
Henrique, que mandou cabeceio por cima do travessão, foram as jogadas de
maior destaque dos donos da casa. Das arquibancadas, muitas reclamações
com o árbitro uruguaio Daniel Fedorczuk e vibração especial com
carrinhos, chutões e desarmes.
Raça e final feliz
Raça e final feliz
Gilson Kleina não fez alterações em sua equipe no intervalo, mas
admitiu que o time sentiu demais a falta de um atacante fixo na área nos
primeiros 45 minutos. Logo no início da etapa complementar, o volume do
jogo Palmeiras aumentou: apoiado ainda mais insistentemente por sua
torcida, a equipe fechou o cerco sobre o Libertad. Chegou à área
paraguaia primeiro em cabeceio de Juninho, depois em chute à
queima-roupa de Marcelo Oliveira.
- A Taça Libertadores é obsessão, tem que jogar com a alma e o coração... - cantavam os alviverdes.
Os jogadores ouviram o recado que vinha das arquibancadas. Ninguém pedia futebol-arte. Ninguém estava ali pelo brilho individual de qualquer jogador. Queriam o “Alviverde imponente” fazendo valer sua história, colocando a bola na rede. E o pedido foi atendido em um lance peculiar, aos sete minutos.
Os jogadores ouviram o recado que vinha das arquibancadas. Ninguém pedia futebol-arte. Ninguém estava ali pelo brilho individual de qualquer jogador. Queriam o “Alviverde imponente” fazendo valer sua história, colocando a bola na rede. E o pedido foi atendido em um lance peculiar, aos sete minutos.
Revezando-se entre o meio-campo e o ataque, o volante Wesley arriscou
chute da intermediária. Finalização fraca, sem qualquer perigo aparente.
Fracasso? Longe disso. A bola sobrou dentro da área para Charles, que
apareceu sozinho e teve o único trabalho de tocar para o gol na saída do
goleiro Rodrigo Muñoz.
O gol trouxe alívio, mas não diminuiu o nervosismo dos jogadores.
Irritado com as consecutivas faltas cometidas pelo Libertad desde o
início da partida, Wesley, que já havia sido advertido com cartão
amarelo no primeiro tempo, cometeu falta no meio-campo e acabou expulso.
Naturalmente acuado, o Verdão “aceitou” a pressão dos paraguaios.
Wendel e Tiago Real entraram para dar novo gás ao meio-campo, mas a
preocupação maior era se defender. Uma multidão de camisas verdes dentro
da área, rebatendo tudo. Deu certo. Ao seu jeito, sem requinte, mas com
muita raça, o Palmeiras está nas oitavas de final da Taça Libertadores.
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